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A partir desta quinta-feira, surfistas, kite surfistas e banhistas precisam ficar mais atentos na
hora de entrar no mar. O dia 15 de março marca o início do período de pesca no Rio Grande do Sul, e mais de uma centena de redes fixas devem voltar ao mar só no litoral norte.
O problema
é que as mesmas redes que trazem o pescado - sustento de muitas famílias - se tornam armadilhas, que já mataram pelo menos 49 surfistas no Estado. Os municípios litorâneos, devidamente adequados a
legislação, destinam o mínimo de 2.100 metros para a prática de esportes e lazer, área insuficiente em casos extremos. O período se estende até o dia 15 de Dezembro, e até lá, o risco de
acidentes é iminente.
Além de indicar a área mínima destinada ao surf, a legislação indica que as redes fixadas na praia devem conter etiqueta com informações do proprietário do artefato,
inclusive com contato para localização. A fiscalização é de responsabilidade do Estado, que através da PATRAM (Patrulha Ambiental), deve constatar o cumprimento da lei. Os surfistas precisam
adquirir perfil fiscalizador, e observando qualquer irregularidade devem acionar imediatamente o órgão responsável.
Vale relembrar algumas dicas importantes na hora de cair na água, como
conhecer a região em que você vai surfar e verificar com antecedência toda a área que será percorrida. Além disso, é sempre bom juntar os amigos pra cair no mesmo horário, pois entrar na água
sozinho não é uma boa decisão. Atualmente, as áreas mais seguras para a prática do surf e demais esportes no mar, estão localizadas nas praias de Tramandaí e Imbé, Capão da Canoa e Atlântida, e
as praias de Torres. Os outros municípios e balneários do litoral norte oferecem apenas a distância mínima (2.100m), que em muitos casos é totalmente insuficiente. Em dias com forte correnteza
lateral, essa distância pode ser facilmente percorrida em menos de meia hora.
A última vítima das redes de pesca no litoral gaúcho foi o estudante de administração de empresas Thiago
Ruffatto, de apenas 18 anos. Thiago se afogou ao ficar preso numa rede, na tarde do dia 1º de novembro de 2010 em Capão da Canoa. Ele foi socorrido, mas chegou sem vida ao Hospital Santa Luzia.
O IF SURF apoia o Surf Seguro, e sente-se no dever de informar, alertar e zelar pela segurança, além é claro, cobrar as autoridades competentes quando necessário. As praias precisam estar
sinalizadas (responsabilidade das prefeituras) e as áreas precisam ser respeitadas. A luta pela vida depende de todos nós!
Vídeo, fonte: TV/Virgilhera (http://vimeo.com/48768084)
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